A previsão para o varejo é que o ponto de venda vai sofrer uma grande transformação em 2021. E se você já observou os shoppings centers e as ruas comerciais, sabe do que estou falando: há muitas lojas fechadas… e sem previsão de ocupação em breve.
Um exemplo prático pode ser constatado na Rua Dr. Homem de Mello, no bairro de Perdizes, na capital paulista. No trecho de 100 metros entre as ruas Cardoso de Almeida e Monteiro Alves, há uma sequência de esquina a esquina com um comércio funcionando e um fechado, um em operação e outro com placa de aluga-se. Tenho a certeza de que você tem visto o mesmo cenário aí no seu bairro, na sua cidade.
É reflexo da pandemia do novo coronavírus, como todos sabemos. Com o aumento do desemprego e a queda no poder de consumo, a clientela anda mais tímida, segurando o dinheiro, priorizando os gastos. A situação deve continuar assim até que a vida volte ao normal. Mas quais as consequências dessa realidade para o lojista?
Previsão para o varejo: aluguéis mais altos em 2021!
Ainda não aconteceu, mas a grande previsão para o varejo em todo o país é de aluguéis comerciais mais caros. Por enquanto, o preço continua estável. De acordo com o Índice FipeZap de Venda e Locação Comercial, os valores permaneceram praticamente inalterados em janeiro. A variação foi de apenas 0,01% para cima. Este indicador é utilizado para avaliar o preço de aluguel e de venda de salas e conjuntos comerciais de até 200 metros quadrados, em 10 cidades do país.
Porém, os shoppings centers começaram a corrigir os aluguéis de seus espaços com base no IGP-M de 2020, que superou 23%. Uma loja que pagava R$ 10 mil de locação, receberá um boleto de R$ 12.300,00. E num momento em que as vendas não estão boas. Esse é o terror do fluxo de caixa: menos dinheiro entrando e mais dinheiro saindo, por meses a fio.
Claro que muitos lojistas vão aproveitar a oportunidade para renegociar o contrato, e eu já sei até de casos de comerciantes que conseguiram reduzir o aluguel para um valor menor do que estavam pagando, justamente usando o cenário pandêmico como argumento. Eu sempre acreditei no poder da conversa, do ganha-ganha, de uma relação comercial boa para todos. É hora de ser flexível para que possamos superar juntos essa crise.
Vai haver uma debandada dos shoppings centers?
É uma pergunta que muita gente me faz, quanto o tema é a previsão para o varejo em 2021. E minha resposta é não. Não acredito em debandada, não imagino um cenário em que um shopping se transforme numa espécie de parque de diversões abandonado. Longe disso.
É claro que qualquer perspectiva atualmente dura pouco tempo. Tem sido impossível trabalhar com metas e dados de longo prazo, porque ninguém sabe quando todos estarão vacinados e quando a pandemia acabará. Mas o que sinto é que o shopping deixou de ser visto como um centro de compras e virou um grande espaço de lazer. As pessoas gostam de passar tempo neles. Então, mesmo em menor quantidade, o público continuará frequentando as lojas, e a maioria dos comércios deve ultrapassar o ano com vigor.
Só faço uma ressalva para os lojistas que têm um custo de ocupação superior a 10% do faturamento. Neste caso, se o shopping não aceitar um acordo de redução do aluguel, talvez seja o momento de migrar para o comércio de rua ou para um centro de compras mais barato e/ou flexível.
Previsão para o varejo: a migração maior será para o digital!
A pandemia acelerou mudanças que já estavam no horizonte do mundo corporativo. Desde que a internet surgiu, o e-commerce cresce um pouquinho todos os anos. Agora, vai experimentar seu maior crescimento. E isso não é necessariamente ruim, é um sinal dos tempos.
Quando Henry Ford inventou a linha de produção de automóveis, muitos duvidaram de seu sucesso. Anos depois, já um empresário consagrado, ele disse: “se eu desse aos meus compradores o que eles queriam, teriam pedido um cavalo mais rápido”.
Moral da história: todos precisamos nos adaptar e perceber a evolução dos tempos, em qualquer área. Os jornais de papeis estão acabando, mas o jornalismo não. Sites de notícias continuam populares e jornais como o The New York Times e a Folha de São Paulo têm centenas de milhares de assinantes de suas edições online. Ou seja: o produto é o mesmo, só mudou a plataforma de entrega.
Para o varejo, vale a mesma regra. Se as pessoas querem comprar pela internet ao invés de visitar sua loja, monte um e-commerce. Existem diversas plataformas com estruturas prontas. Você compra uma assinatura, coloca sua identidade visual e seus produtos, e começa a vender. De uma maneira muito simples, rápida e intuitiva.
E quem precisa migrar do físico para o virtual? Bem, acredito que seja o caminho natural para lojas com muito espaço ocioso. Talvez, você não tenha que ficar exclusivamente no digital. E sim repensar seu modelo: migrar para um ponto menor, onde pode armazenar produtos e atender clientes que precisem experimentar antes de comprar. Ao mesmo tempo, você deve investir forças em se tornar popular na internet, usando todos os recursos de marketing digital proporcionados pelo Google, Facebook e Instagram.
Consultoria especializada para empresas e lojistas de todo o Brasil
A previsão para o varejo não é de caos, como muitos poderiam imaginar. 2021 será difícil? Sim, com certeza. Mas quem, no Brasil, já não está acostumado a superar obstáculos? E quem nunca saiu mais forte de uma situação que parecia perdida?
Conte comigo para te ajudar a criar estratégias de venda. Eu tenho uma longa vida empresarial, com sucesso atuando tanto na indústria quanto no varejo. Hoje, sou franqueado multimarcas e administro diversas lojas. Além disso, ensino a força de vendas das empresas e os lojistas a alcançarem resultados melhores.
Conheça a minha palestra que prepara a força de vendas para o mundo pós-pandemia.
E se quiser conversar comigo e tirar qualquer dúvida, é só clicar aqui!
Um grande abraço e boas vendas!