Agora que muitas lojas estão fechadas por conta da Covid-19, muitos lojistas estão se perguntando sobre quais as melhores estratégias para driblar a crise.
Como ficar esperando a situação passar não faz parte dos planos, as empresas precisam se adaptar ao novo cenário que já conta com consumidores mais exigentes e altamente conectados que esperam soluções mais rápidas para necessidades urgentes.
Novas mudanças
Já faz algum tempo que a configuração do varejo tradicional mudou. A tecnologia passou a oferecer ferramentas cada vez mais potentes ao mercado, o que não passou despercebido pelos consumidores.
Conectados à internet diariamente, é através dela que as pessoas se informam, se comunicam, estreitam relações e têm acesso a uma infinidade de produtos e serviços que podem ser adquiridos com apenas um clique.
Para sobreviver a esse novo cenário, o varejo teve de se adaptar e oferecer uma série de novas soluções que estivessem de acordo com as expectativas do cliente. Falamos um pouco sobre isso aqui.
Mas o mais recente pedido por mudanças não veio do consumidor, nem do mercado. Pelo contrário, foi uma necessidade: a Covid-19 atingiu negócios no mundo todo, sem discriminação. E com o varejo não foi diferente.
De mãos dadas com a internet
A pandemia já está fazendo com que muitos mercados passem por uma transformação que, muito provavelmente, chegou para ficar.
Sem poder sair de casa com a mesma frequência de antes, os consumidores passaram a utilizar ainda mais a internet como ferramenta de compra.
Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o e-commerce brasileiro deve crescer 18% neste ano e movimentar R$106 bilhões.
A entidade acredita que os marketplaces, as microempresas e as compras realizadas por smartphones serão os principais fatores a contribuir para esse aumento.
Só que a pesquisa foi divulgada antes do primeiro caso de Covid-19 no Brasil: os dados foram publicados em 14 de fevereiro e o primeiro caso registrado da doença no país aconteceu no dia 25 do mesmo mês. Ou seja, é grande a possibilidade do e-commerce movimentar mais que o esperado.
Tendo em vista esse novo comportamento de compra, com a internet no centro das atenções, já existem algumas mudanças que podem ser implementadas nas lojas para driblar os novos desafios.
Soluções para o varejo
Loja virtual
Se antes já era necessário utilizar a internet como um canal de venda, agora isso é obrigatório para quem quer continuar “vivo” na mente do cliente.
Você vai parar de vender só porque sua empresa atende apenas presencialmente? Claro que não! O mais interessante da internet é que ela é acessível. Qualquer pessoa pode criar um perfil no Instagram, Facebook ou em qualquer rede social e usá-la como canal de venda. Até mesmo o WhatsApp pode ser um grande aliado nesse momento.
Se a loja possui canais de venda on-line ou se começou a trabalhar com esse recurso recentemente, agora é o momento ideal para informar o cliente sobre isso e incentivá-lo a comprar por esses canais.
Entrega a domicílio
Pessoas do grupo de risco (idosos e pessoas com comorbidades) são os mais afetados pelas complicações da Covid-19. Por isso, a recomendação prioritária é que essas pessoas fiquem em casa.
Sem poder ir pessoalmente até a loja, é responsabilidade do lojista oferecer alternativas para fazer com que seu produto chegue até o cliente. Seja por meio de uma distribuidora ou de entregas pelos Correios, entregar a compra na casa do cliente é a principal necessidade do momento.
Esse é mais um recurso acessível que pode ser aplicado em qualquer segmento. E para atrair ainda mais a atenção do cliente por que não oferecer condições especiais, como frete grátis, por exemplo, para consumidores num raio de até 50 km da loja?
Além de resolver um problema (evitar o deslocamento do consumidor), essas ações aumentam a chance de fidelização, garantindo novos pedidos justamente por conta das condições oferecidas.
Contato direto e constante com fornecedores
Esse momento é crucial para garantir que as parcerias sejam mantidas. Lembre-se que a crise causada pela Covid-19 atinge o mercado como um todo, então é preciso manter a mente aberta para novos acordos, especialmente com os fornecedores.
Como as vendas vão diminuir nesse período, é normal que os fornecedores tenham menos mercadoria do que de costume, o que provavelmente terá impacto direto no preço do produto. Para que ninguém saia prejudicado, vale à pena ter uma conversa franca com todos os envolvidos no processo, ajustando preços, logística e datas de entrega para que o negócio continue fluindo, mesmo que em menor proporção.
A mesma lógica pode ser levada em conta caso seu ponto comercial for alugado. Vale reforçar para o locatário que o espaço ficará fechado por tempo indeterminado por razões que fogem a seu controle. Nada mais justo do que acertar valores, não é mesmo?
Cuidado com o estoque
O volume de vendas está diretamente ligado à disponibilidade de produtos, e agora é fundamental redobrar a atenção para o estoque.
Agora é hora de ter à disposição os produtos mais procurados pela clientela e acompanhar, semanalmente, a saída desses itens para conseguir calcular como será a nossa disposição do estoque.
Talvez esse seja o momento ideal para realizar uma pesquisa com os clientes. Lembre-se que as redes sociais estão aí para te ajudar! Com um simples post no Facebook, por exemplo, perguntando qual o produto preferido dos clientes já é possível ter uma noção do que não pode faltar no estoque.
O que também pode fazer parte da pesquisa é perguntar qual demanda os clientes gostariam que fosse atendida. A simples pergunta “Como podemos te ajudar?” pode render respostas que valem ouro e que podem fazer toda a diferença no rendimento da loja.
Mesmo que as respostas não tenham nada a ver com o produto ou serviço que você oferece, é possível usar o resultado para adaptar seus serviços e tentar “casar” o que você já oferece com as principais necessidades dos clientes.
Mãos à obra
Já deu para perceber que não faltam ferramentas para continuar funcionando mesmo durante a crise. Resta saber qual dessas ferramentas é ideal para seu negócio e também para seus clientes.
Essa informação é útil não apenas para esse momento, mas também para quando tudo voltar “ao normal”. No entanto, o “normal” já terá outro sentido porque esses novos hábitos vão facilitar tanto as coisas e resolver tantos problemas que serão incorporados às novas demandas do mercado.
Nada melhor do que usar esse tempo para se adaptar e testar novas ferramentas que, muito em breve, farão parte dos negócios de modo permanente.
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