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Indústria e Varejo: Uma Dança Estratégica

O varejo brasileiro alcançou recentemente um marco impressionante: um faturamento de mais de um trilhão de reais. Em 2022, as 300 maiores empresas do setor ultrapassaram essa barreira, faturando 1,046 trilhão de reais, um crescimento de 17,2% em relação ao ano anterior, segundo a Sociedade Brasileira do Varejo e Consumo (SBVC).

Em meio a esse cenário de prosperidade, a Tramontina, tradicional metalúrgica do Rio Grande do Sul, definiu metas ambiciosas para sua frente de lojas próprias, as “Tramontina Store”. A empresa pretende fechar o ano de 2023 com um faturamento de 100 milhões de reais, representando um crescimento surpreendente na casa dos 40%. Além disso, a marca acelerou a abertura de suas lojas, com planos de cinco novos estabelecimentos, expandindo sua presença no Brasil. Paralelamente, a Ray-Ban, a marca de óculos número 1 no mundo, também segue um caminho ambicioso no território nacional. Recentemente, a Ray-Ban abriu uma nova loja no Shopping Eldorado, em São Paulo, como parte de um plano de expansão que já conta com 12 lojas próprias e espera atingir 15 até o final do ano. Estas lojas, projetadas para aprimorar a experiência do consumidor, oferecem uma ampla gama de produtos, com mais de 300 modelos de óculos, desde os clássicos até os mais recentes lançamentos.

Entre outros cases de sucesso existe o da Havaianas. Esta marca remonta a 1962, quando a empresa Alpargatas lançou o primeiro modelo de sandália de borracha inspirado nas sandálias japonesas. Desde então, a marca cresceu, se tornando um ícone da cultura brasileira. Ao longo dos anos, além do tradicionalíssimo chinelo, Havaianas expandiu sua linha de produtos, lançando itens complementares como roupas, trajes de banho, óculos de sol, bonés, entre outros. A primeira loja Havaiana surgiu em 2009, na Rua Oscar Freire, em São Paulo. Chamada de ESPAÇO HAVAIANAS a loja oferecia uma variedade de produtos da marca, além de customização e exclusividade. Hoje existem cerca de 350 lojas da Havaianas no Brasil, considerando as lojas próprias e as franquias. E no mundo a Alpargatas opera 600 lojas, sendo a maioria delas Havaianas. Em 2021, a marca anunciou a reinauguração da sua primeira loja, marcando o início de sua nova era. Este novo espaço inovador oferece recursos de acessibilidade, experiências sensoriais, um balcão de customização de produtos e ainda destaca o compromisso da marca com a sustentabilidade, utilizando materiais reciclados.

Estas empresas destacam-se pelo reconhecimento da importância de uma presença direta no varejo, proporcionando aos consumidores uma experiência imersiva com suas marcas e acesso a produtos exclusivos.

Tramontina, Ray-Ban e Havaianas: Estariam Elas Sozinhas na Decisão Estratégica de Avançar ao Varejo?

Olá, sou Valquirio Cabral, consultor especializado em vendas para o varejo. Nesta matéria, vou te contar sobre esse movimento das indústrias em direção ao varejo, seus benefícios, desafios e exemplos notáveis. Continue a leitura e, caso tenha alguma dúvida ou queira aprofundar-se em algum ponto específico, mande-me uma mensagem. Vamos juntos entender esse fenômeno!

Indústria no varejo: Entendendo o Movimento

O termo “uma fábrica entrou no varejo” significa uma estratégia deliberada de aproximar-se do consumidor final. Empresas renomadas como Arezzo, Portobello, Lupo, Hering e Nike deram esse salto, abrindo franquias e lojas próprias, e assim, oferecendo uma imersão completa na essência da marca.

Vale ressaltar que este movimento não é um fenômeno recente. Nos anos 90 marcas como Lupo, Hering e Arezzo foram pioneiras em abrir lojas no varejo. A Arezzo foi a primeira no setor de calçados. Contudo, mesmo não sendo recente, esse movimento em direção varejo vem se intensificando ao longo dos anos. Vejo, enquanto consultor, um potencial ainda significativo de marcas que podem e devem explorar o varejo diretamente, aproveitando as vantagens que essa aproximação com o consumidor oferece.

Origens e motivações

Essa transição tem raízes na busca das marcas por uma presença mais significativa junto ao público. No passado, grandes marcas dependiam exclusivamente de varejistas para representação. Agora, atuando no varejo sem intermediários, elas podem apresentar toda a sua gama de produtos e captar as necessidades do consumidor de forma mais direta e personalizada.

Indústria no varejo: A Escolha de Locais Estratégicos

Com a transição para o varejo, as fábricas têm a liberdade de escolher locais estratégicos para atuação. Ao contrário dos modelos multimarcas, a franquia ou loja própria pode se estabelecer em locais de alta visibilidade, como nos principais shoppings do Brasil, maximizando a exposição da marca.

Indústria no varejo: Franquias, Revendas e Lojas Próprias

Esta transição majoritariamente refere-se à inauguração de lojas próprias e franquias. A grande revolução é a obtenção direta de insights sobre o cliente. Ao vender diretamente para o consumidor, as marcas podem entender e antecipar suas preferências, algo inestimável em um mercado acirrado.

Mas, quais são os benefícios e desafios dessa decisão?

Ao entrar diretamente no varejo, as marcas desfrutam de um controle ampliado sobre a experiência do cliente e margens de lucro potencialmente maiores. No entanto, compreender a dinâmica do varejo e administrar eficientemente uma loja são desafios inerentes. Gigantes como Apple e Samsung, por exemplo, enfrentaram tais desafios, investindo pesado em criar experiências de marca diferenciadas.

Indústrias no varejo: Desvendando as principais vantagens

Ao se aprofundar no universo varejista, as indústrias desfrutam de uma gama de benefícios, tanto tangíveis quanto intangíveis. Vejamos algumas dessas vantagens com exemplos práticos:

Conhecimento do Cliente: Entrar no varejo permite às fábricas coletarem dados e feedbacks diretamente da fonte. Por exemplo, ao implementar sistemas de CRM e pontos de venda interativos, a indústria pode identificar preferências específicas e adaptar sua oferta de acordo com os gostos dos consumidores locais.

Exposição Completa: Em vez de confiar em terceiros para apresentar seus produtos, as fábricas podem projetar lojas que refletem exatamente sua visão e estética da marca. Isso significa que, em vez de ter apenas uma prateleira em uma grande loja, a marca pode ter uma loja inteira, permitindo que os clientes vivenciem todo o universo da marca.

Lançamento de Produtos: Imagine lançar um novo produto e poder controlar todos os aspectos de sua apresentação – desde a embalagem até a disposição no ponto de venda. Estar no varejo garante esse nível de controle, permitindo que a marca crie eventos e promoções específicas para maximizar o impacto do lançamento.

Presença Estratégica e Merchandising Orgânico: Pense em uma marca estabelecendo sua loja em uma rua movimentada ou em um shopping de prestígio. Ao escolher locais premium, não apenas atrai um público mais específico, mas também associa seu nome à exclusividade e qualidade. Estando no controle total do espaço, há uma exposição contínua da marca, proporcionando um merchandising orgânico que amplifica a visibilidade e reconhecimento por parte do público consumidor.

Expansão Internacional: Uma marca que já provou seu sucesso em seu mercado local tem uma base mais forte para se aventurar em mercados estrangeiros. Por exemplo, a Arezzo, uma reconhecida empresa  brasileira, que após solidificar sua presença no Brasil, aventurou-se nos Estados Unidos, demonstrando o potencial de crescimento que uma estratégia varejista bem-sucedida pode proporcionar.

Indústrias no Varejo: Adaptação e Oportunidade

O cenário atual demonstra claramente que a movimentação das indústrias em direção ao varejo não é meramente uma moda passageira. Estamos, de fato, testemunhando uma adaptação criteriosa ao novo mercado, centrado no consumidor. As marcas que abraçam com destreza esta transição estão colhendo frutos significativos, contanto que estejam devidamente preparadas para a complexa dinâmica do universo varejista.

Ao mergulhar no varejo, as indústrias não só consolidam uma relação mais próxima com o consumidor, mas também fortificam sua marca e ampliam sua presença de mercado. Reconhecendo isso como uma estratégia essencial, é crucial entender que, quando bem conduzido, este movimento tem o potencial de fomentar um crescimento robusto e uma posição duradoura no concorrido ambiente varejista.

Eu posso te ajudar!

Meu nome é Valquirio Cabral. Estou à disposição para orientar e garantir que sua marca faça a transição para o varejo com maestria. Em nossa parceria, tenho a convicção de que podemos transformar desafios em significativas oportunidades de sucesso.

Com 30 anos de experiência tanto na indústria quanto no varejo, estou aqui para ajudar empresários que já atuam ou que desejam entrar neste universo. Comandando mais de 25 lojas das marcas Arezzo, Lupo e Pandora, conheço de perto os desafios e as chances de sucesso que o varejo oferece. Esta vivência me permite ser seu aliado na jornada rumo ao topo.  Me mande uma mensagem, vamos conversar.

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